As zonas climáticas da Terra, demarcadas pelos paralelos Trópicos de Câncer e de Capricórnio e pelas Linhas Austral e Antártica, são em número de cinco (5): (i) Zona Tropical; (ii) Zona Temperada Norte; (iii) Zona Temperada Sul; (iv) Zona Austral; e (v) Zona Antártica.
A Região Tropical é a área da Terra que se situa entre os paralelos 30º Norte e 30º Sul, recebe luz e calor solares em quantidade razoável o ano todo e com regimes pluviométricos que vão desde 400 mm/ano até mais de 3.000 mm/ano. O gráfico usado como Logo do Blogue ilustra esses limites.
Devido a sua condição esférica observa-se uma desigual distribuição da luz solar, mais intensa na linha do Equador, e com temperatura média anual de 20º C (nos Cerrados do Planalto Central é de 21º C), e possui dois tipos de precipitação: (i) a pluvial com ausência de neve, exceto nas altas montanhas; e (ii) por convecção com distribuição localizada. A continentalidade influi no clima, quanto mais distante do oceano e quanto mais alta é a elevação, melhor o clima, e quanto mais baixa, mais quente e úmida.
As subdivisões da Região Tropical podem ser:
Clima Tropical chuvoso, também conhecido como clima equatorial, quente e úmido;
Clima Tropical de Monções, encontrado nas regiões costeiras da África Ocidental, costa Nordeste da América do Sul e nas costas ocidentais da Índia e Burma;
Clima Tropical úmido-seco, com estações secas e úmidas alternadas e com vegetação tipo savana. Sob o ponto de vista vegetação da Região Tropical nos interessam nessa subdivisão os ecossistemas Cerrados, Savanas, Miombo e Llanos;
Clima Tropical semi-árido e árido, situados nas latitudes 20-30º N e S e nas altas pressões subtropicais; e
Clima Tropical de altitude, com temperaturas baixas e chuvas de maior intensidade no verão.
O nosso Bioma Cerrado é o de clima tropical úmido-seco com período úmido, de chuvas, entre outubro e abril e o período seco entre maio e setembro de cada ano, com média anual no Planalto Central de 1.560 mm.
Membros do IPCC – International Panel for Climate Change e outros cientistas e acadêmicos vaticinam mudanças climáticas e simulam situações em que a temperatura média ao redor do Planeta aumente 4º C com projeções alarmantes, e eventos internacionais mais recentes sugerem aos
governantes que tomem medidas para que esse aumento se situe, no máximo, a 1,5º C com projeções menos drásticas ao redor do mundo.
O que parece mais evidente é que a emissão de CO2 para a atmosfera poderá provocar o aumento da temperatura média mundial, com conseqüente aumento das precipitações. Nesse caso, o que está em jogo não é propriamente mudança climática e sim meteorológica de dois importantes fenômenos: a temperatura do ar e chuvas.
Na medida em que avance o conhecimento tático cognitivo e técnico ou tecnológico no nosso tema em questão, certamente aparecerá notória a contribuição da Agricultura Irrigada para esse objetivo de amenizar os efeitos eventuais de aumentos de temperatura e irregularidade ainda maior nos regimes ou padrões de precipitação.